
Gordana Pazurevic
Publicado set 01, 2025
Uma Neurocientista Com Implante Coclear: A História de Mariia
Por 10 anos, Mariia conviveu com perda auditiva neurossensorial bilateral, dependendo apenas de aparelhos auditivos. Aos 27 anos, ela finalmente decidiu fazer um implante coclear. Após algumas sessões de terapia fonoaudiológica, a vida pessoal e profissional de Mariia melhoraram significativamente. Neste artigo, ela nos conta tudo sobre sua experiência com seu implante coclear e como ele a ajuda em seu trabalho como neurocientista e jornalista científica.

Olá, meu nome é Mariia e sou neurocientista e jornalista científica da Rússia. Pesquiso a doença de Parkinson e outros tipos de distúrbios neurodegenerativos, e trabalho como autora e editora em uma revista voltada para a ciência. Após perder minha audição aos 17 anos, decidi colocar um implante coclear 10 anos depois. Essa decisão tem melhorado minha vida desde então.
Diagnóstico: Perda Auditiva Sensorioneural Bilateral
Percebi pela primeira vez que minha audição estava piorando durante a adolescência. Aos 17 anos, sons agudos como alarmes ou campainhas começaram a passar despercebidos. Aos 18, fui diagnosticada com perda auditiva sensorioneural bilateral. Nos 10 anos seguintes, meu mundo sonoro foi desaparecendo gradualmente, apesar da ajuda de aparelhos auditivos cada vez mais potentes. No final dos meus vinte e poucos anos, eu estava quase surda, dependendo da leitura labial, de pistas contextuais e de uma vontade inabalável de me conectar com os outros.
Viver com perda auditiva me moldou de maneiras desafiadoras e surpreendentes. Situações simples, como jantar com amigos em locais movimentados, tornaram-se cansativas. Aspectos inteiros da vida, como apreciar música ou acompanhar conversas animadas, estavam dolorosamente fora de alcance. Fiz o melhor que pude, apoiada com muito carinho por familiares e amigos que se adaptaram incansavelmente às minhas necessidades — repetindo frases, falando claramente e até inventando formas criativas de me incluir em seu mundo sonoro.
Mas, enquanto eu me adaptava, percebia como minha natureza extrovertida estava dando lugar à insegurança. Eu ansiava pela alegria de ouvir novamente.

A Decisão de Colocar um Implante Coclear
Quando cheguei aos 27 anos, os aparelhos auditivos já não ofereciam nenhuma melhora significativa. Foi então que percebi que era hora de dar o próximo passo: um implante coclear. Um amigo da família, cujo filho havia sido implantado com sucesso com um dispositivo da MED-EL, recomendou fortemente a marca, e eu decidi confiar na experiência deles.
Em 2021, recebi meu primeiro implante coclear no ouvido direito, escolhendo o processador de áudio SONNET 2 da MED-EL como meu companheiro diário (junto com o RONDO 2, que mantenho como reserva).
Os Primeiros Sons no Dia da Ativação
O dia da ativação foi uma experiência que jamais esquecerei. Por mais preparada que eu achasse que estivesse, não estava pronta para os sons agudos, como de sinos, que me receberam. Tudo soava estranho e até mesmo avassalador no início: ruídos distantes da rua, crianças conversando, mães falando suavemente. Mas, naquele conjunto de sons, eu sabia que um presente havia me sido devolvido — a capacidade de ouvir novamente.


Treinamento para uma Melhor Experiência Auditiva
Os sons iniciais foram se tornando gradualmente mais familiares à medida que meu cérebro se adaptava ao novo estímulo. Graças a um programa estruturado de reabilitação ao longo de 10 dias, seguido por novos ajustes, minha audição se transformou em apenas alguns meses. No meu segundo curso de reabilitação, seis meses depois, meu cérebro mal conseguia distinguir entre os sons com o auxílio do implante coclear e o que eu me lembrava da audição natural. Aqui está o que me ajudou a ultrapassar meus limites e melhorar rapidamente minha percepção de sons e fala:
- Treinamento com o ReDi app
- Ouvir audiolivros e podcasts
- Ouvir música
- Aprender novos idiomas
Uma Segunda Chance com o Implante Coclear
Meu implante coclear revolucionou todos os aspectos da minha vida, me fortalecendo tanto pessoal quanto profissionalmente. Como neurocientista que pesquisa condições como a doença de Parkinson e como jornalista científica, ter uma boa audição é essencial. Apresentar resultados em conferências ou entrevistar especialistas antes me deixava ansiosa — eu tinha medo de não ouvir as perguntas ou de perder nuances importantes das discussões. Agora, encaro essas situações com confiança.
No dia a dia, meu implante coclear me fez sentir “normal” novamente.
Mariia
Neurocientista e usuária de Implante Coclear, da Rússia
Consigo conversar com minha filha do outro lado do cômodo, viajar pelo mundo sem me preocupar com barreiras linguísticas e até redescobri as alegrias da música. É difícil descrever como é sentir sua música favorita ressoar dentro de você depois de cinco anos quase sem experimentar melodias. Até mesmo meus colegas de trabalho não perceberam de imediato que eu usava um implante coclear — só quando compartilhei minha história é que meu chefe se deu conta de que eu tinha deficiência auditiva!

O Milagre de um Implante Coclear
Com meu implante coclear, os sons são claros, a música é vibrante e as conversas são fáceis. Recuperei meu senso de identidade — minha natureza alegre, extrovertida e meu entusiasmo pela vida.
Para mim, meu implante coclear não é apenas um dispositivo — ele parece um milagre.
O que mais me impressiona é o quão adaptável e inovadora é essa tecnologia. Desde o conforto ao usar até a qualidade sonora, a MED-EL pensou em tudo. E como defensora da ciência e da tecnologia, agora tenho a perspectiva única de viver com a própria tecnologia sobre a qual escrevo com frequência.
Meu Conselho
Para quem enfrenta a perda auditiva, eu diria simplesmente: não perca a esperança. Mantenha seus entes queridos por perto e busque as soluções que a ciência médica pode oferecer. Um implante coclear não é apenas uma “audição artificial”. Ele é quase indistinguível do som natural — e, em muitos aspectos, enriquece minha vida.
Se eu pudesse mudar algo, seria isso: gostaria de ter dado esse passo e colocado o implante coclear mais cedo.
Obrigado, Mariia!
Referências
Gordana Pazurevic
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