MED-EL
Publicado nov 07, 2025
Clara: Uma Voz que Ruge Alto
Clara nasceu prematura e enfrentou grandes desafios desde os primeiros dias de vida. Diagnosticada com perda auditiva profunda, ela se tornou uma das primeiras crianças a receber um implante coclear no Ceará. Hoje, aos 17 anos, vive uma rotina cheia de sons, música e sonhos. Sua mãe, Aline, compartilha uma jornada emocionante de superação, inclusão e orgulho — mostrando como a tecnologia auditiva da MED-EL transformou a vida da filha e de toda a família.
Em Fortaleza, no coração do Ceará, vive Clara, uma jovem de 17 anos que carrega em sua história uma força que inspira. Desde o nascimento prematuro até se tornar uma das primeiras crianças implantadas com um implante coclear no estado, Clara trilhou uma jornada marcada por desafios, descobertas e conquistas sonoras.
“Clara nasceu com 31 semanas, era uma gravidez gemelar onde só ela resistiu. Passou dois meses na UTI, teve três paradas cardíacas, uma infecção hospitalar…”, relembra Aline, sua mãe. Mesmo após vencer os primeiros obstáculos da vida, o teste da orelhinha revelou uma nova batalha: a perda auditiva bilateral.
Uma escolha que mudou tudo
Aline não hesitou em buscar soluções. “Quando a fonoaudióloga me falou do implante coclear, ainda não havia essa tecnologia em Fortaleza. Teríamos que viajar até Recife. Mas o médico do Hospital HGF informou que a cirurgia seria feita aqui. Foi um alívio.”
Clara foi a quinta criança implantada no Estado do Ceará, um marco que trouxe esperança não só para a família, mas para outras que viriam depois. “Foi uma mistura de medo e euforia, mas com a certeza de que essa tecnologia mudaria a vida da minha filha.”
Tecnologia que conecta
Hoje, Clara utiliza o RONDO 3, o processador de áudio da MED-EL, junto com o AudioLink, Sistema FM e um aparelho AASI no lado esquerdo, formando uma experiência bimodal que potencializa sua comunicação.
Ela ama ouvir. Desde o primeiro dia que o implante foi ativado, sua vida teve outro significado. A ativação foi um momento inesquecível: Ela arregalou os olhinhos e olhou pra mim. Acredito que foi a primeira vez que ouviu minha voz.
Apesar das dificuldades enfrentadas em uma tentativa de cirurgia no lado esquerdo em 2012, Clara nunca deixou de demonstrar seu carinho pelo implante coclear. “Ela dizia que queria dois ‘papas’”, relembra Aline, emocionada. Hoje, Clara utiliza um aparelho auditivo convencional nesse lado e sonha em um dia poder ter a mesma experiência auditiva dos dois lados.
Reabilitação e rotina sonora
A reabilitação auditiva foi intensa e constante. Aline conta que usava músicas e filmes como ferramentas de estímulo em casa. “Sempre coloquei músicas, filmes para ela ouvir e assistir.” E a música, aliás, sempre esteve presente.
“Hoje ela gosta de vários ritmos: nosso forrozinho, MPB, rock nacional e, como uma boa adolescente, músicas internacionais.”
Até antes do implante, ela sentia a vibração dos sons e dançava. Algumas pessoas achavam que ela ouvia.
Inclusão e identidade
Aline sempre fez questão de orientar Clara sobre sua surdez. “Ela sabe que sem o aparelho é uma menina surda. Se aceita como é e tem orgulho de mostrar seu aparelho. Ela se sente uma pessoa ouvinte!”
Mas o caminho da inclusão não foi fácil. “Nos anos iniciais da escola, outras meninas não queriam brincar com ela. Clara só tinha um amigo.” Aline buscou conhecimento e orientou professores para garantir que Clara fosse realmente incluída.
Incluir não é só jogar a criança na sala de aula e tratá-la como alguém diferente. Ela precisava se sentir parte daquele ambiente.
Hobbies e personalidade
Fora da escola, Clara é apaixonada pelo mar. “Fazemos vários programas em família: cinema, shoppings, atividades físicas… mas ela adora o mar.” Também gosta de ler e escrever — aprendeu a ler aos 12 anos e hoje já desenvolve redações com entusiasmo.
Sonhos e propósito
Clara ainda está descobrindo seus caminhos, mas já demonstra um forte senso de justiça. “Ela diz que vai ajudar pessoas, mas ainda não tem certeza sobre uma carreira.” O desejo de defender minorias nasceu da vivência e da escuta ativa em casa. “Ela cresceu passando na pele algumas discriminações e cada dia que passa se torna uma pessoa que procura defender as minorias.”
Uma homenagem que rugiu alto
Nos seus 15 anos, Aline e a irmã de Clara dançaram com ela a música Roar, da Katy Perry. “Com o simbolismo de que ela poderá rugir alto! Foi lindo.”
Mensagem para outras famílias
Aline deixa um recado para quem está começando essa jornada:
“Acreditem e ajudem seus filhos no processo. O caminho nem sempre é tranquilo, mas poder ouvir seu filho falando as primeiras palavras, ouvindo os sons dessa vida, é recompensador.”
E para a sociedade:
“Falta consciência e saber respeitar as diferenças. Uma deficiência não define o que uma pessoa realmente é.”
Obrigado, Aline!
Referências
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